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Projeto Brasil-Peru-Bolivia-Paraguai-Argentina-Brasil Maio de 2015

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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 02:07

O Sonho... O planejamento...

O sonho de rodar pela América do Sul, um período de 30 dias de férias que surgiu de certa forma até inesperada, a experiência de uma Viagem Argentina 2013 de moto internacional, o desejo de conhecer o salar de Uyuni (o deserto de sal a 3600m de altitude na Bolívia), o lago Titicaca, Machu Pichu...

A idéia dessa aventura, tomou forma após a leitura de 2 livros, baseado nessas leituras o roteiro da viagem foi escolhido. Foram muitas horas de planejamento nos últimos 6 meses. Os livros são:

- Diários de Motocicleta de Ernesto Che Guevara
Resumo: Em 1952 Ernesto Guevara e o seu amigo Alberto Granado embarcaram numa viagem pela América do Sul, da Argentina ao Peru. Juntos percorreram aproximadamente 12 000 quilómetros em terras sul-americanas, munidos apenas do essencial e da sua motocicleta. Ernesto Guevara - que viria a ficar conhecido como Che Guevara - era então um jovem desejoso de conhecer o mundo. Diários de Motocicleta conta a história dessa viagem, num relato vívido e empolgante, ilustrado com fotografias inéditas tiradas pelo próprio Enesto Guevara. Conta ainda com um terno prefácio de Aleida Guevara, que oferece uma perspectiva diferente do pai, distinta da do ícone em que se veio a tornar.
- A caminho do céu do motociclista e escritor mineiro Rômulo Provetti
Resumo: A caminho do céu, uma viagem de moto pelo Altiplano Andino, conta a aventura de dois motociclistas brasileiros, Rômulo Provetti e Marcelo Penna Guerra, em uma viagem de 11.524 km pelas estradas de seis países sul-americanos: Brasil, Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Paraguai. Nessa viagem, eles passaram por muito calor, frio, fome e contratempos, um acidente, estradas bloqueadas, chuva, neve e gelo, conheceram alguns dos destinos mais fantásticos da Cordilheira dos Andes, como Machu Picchu, o Lago Titicaca, o Salar de Uyuni, o Deserto do Atacama e muitos outros lugares que povoam a imaginação da maioria dos viajantes de todo o mundo, viram paisagens de tirar o fôlego, encantaram-se com as pessoas, encontraram e venceram muitas dificuldades e barreiras no caminho, inclusive neles próprios.

O planejamento dessa aventura incluía um acréscimo de superação ao já grande desafio, a motocicleta a ser pilotada era uma Honda NX350 Sahara ano de fabricação 1990 (25 anos de uso), com 66.000kms rodados antes de iniciar a viagem.
A primeira versão/modelo que chegou ao mercado era oferecida na cor Branca/vermelho/azul e na época ganhou o apelido de Capitão América devido às cores da bandeira americana. Essa motocicleta foi produzida pela Honda entre os anos 1990 e 1999 em substituição a Honda XLX350R, e Depois foi substituída pela Honda Nx400 Falcon, a Sahara tem 31CV, 6marchas, pesa 144kg, consumo em estrada 20km/l e velocidade de cruzeiro 120km/h.



A preparação
Para uso dessa moto nessa viagem, haviam limitações a serem superadas, de autonomia de combustível (com o tanque original de 14lts a autonomia era de 280kms), iluminação(farol), conforto e por ser uma motocicleta ainda carburada sofreria muito na altitude das Cordilheiras dos Andes e Altiplano Andino. Havia uma dúvida acerca da sua resistência. O excelente estado de conservação era um ponto a favor.
Teve um papel fundamental nesse projeto o meu amigo Marcelo Rocha, foi ele quem topou o desafio de preparar essa moto para superar a aventura. Na oficina do Marcelo a moto ganhou uma grande revisão, e um upgrade tecnológico: faróis de Led, tanque marítimo auxiliar de 11lts, tomada 12volts e USB, suportes de GPS, GPS Garmin Zumo e Garmin Nuvi 2560, riser de guidão, bolha mais alta, bauleto Givi 43lts, suporte para câmera GoPro, ajustes na suspensão traseira, protetor do motor, reforços no bagageiro e chassis para suportar o peso do tanque auxiliar, e pneus Metzeler Tourance... Valeu Marcelão!! Pelo bom estado de conservação motor, carburação e a parte elétrica não necessitaram de nenhum ajuste.
Uma lista de peças sobressalentes (cabos de comando, manicoto e manetes, fusíveis, todas as lâmpadas, cdi, tensor de corrente, relê de partida, bobina, vela de ignição, chicote principal, câmaras de ar, retrovisores) e ferramentas (todas para desmontar qualquer item da moto) foram adicionados a bagagem. De todos esses itens somente uma lâmpada de seta foi necessário rs.

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A moto apresentou pequenas falhas durante a viagem, considerei mínimas diante da quilometragem percorrida e situações enfrentadas. Foram temperaturas extremas, abaixo de zero grau e acima de 40 graus, muita chuva, estradas de rípio, terra, deserto de sal... basicamente: 1 lâmpada de seta, descanso empenado, Pedal de Câmbio sem aperto e o fim da relação com 9.000kms rodados. Entre Porto Velho e Rio Branco-AC uma cratera na estrada deixou as duas rodas quadradas, mas esse reparo não considero um defeito e sim um acidente de percurso.
Agradecer aqui as muitas pessoas que me apoiaram nessa aventura, meus familiares, minha noiva e muitos amigos, os novos amigos que surgiram durante a aventura, e pessoas que tive contato e sempre desejavam sorte... foram muitas mensagens de apoio e incentivo desde o lançamento da ideia, que me deram o apoio necessário na hora certa.

Pequeno Resumo
Distância Percorrida 10.502kms
Quantidade de dias: 25 dias
Melhor Média Consumo de Gasolina: 23,0km/l
Pior Média Consumo de Gasolina: 17,8km/l
Gastos:  US$100/Dia
Paises: Brasil-Peru-Bolivia-Argentina-Paraguai-Brasil
Estados Brasileiros: Minas Gerais-Goiás-Mato Grosso-Rondonia-Acre-Paraná-São Paulo-Minas Gerais



DIA 01
"a estrada é longa e a vida é curta"... Finalmente a insônia e ansiedade que antecedem uma aventura chegaram ao fim... Moto na estrada acompanhada daquele frio
no estômago e do pensamento "pq estou me enfiando nessa loucura, pq deixar a zona de conforto, a família, os amigos, o meu amor...", mas quem curte motociclismo e aventura, e ainda gosta de viajar entende perfeitamente... É viajar por paisagens, é o querer ver cm os próprios olhos e não pelo que falaram os livros.... Hoje Atravessei o estado de Minas sentido Oeste chegando a Goiás... Andei dentro das nuvens numa forte neblina próximo à Luz e Araxá, Viajei por paisagens fantásticas como uma fazenda de girassóis próximo a Uberaba, pastos a perder de vista na divisa cm Goiás....e assim vamos seguir potencializando a saudade das pessoas que amo e alimentando a alma com novas paisagens, novas estradas, novas aventuras..
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DIA 02
O segundo dia de uma viagem de motocicleta é mais leve, você já superou a tensão do primeiro dia onde a motocicleta, o equipamento e você são testados em tempo de voo... É realmente como se fosse uma decolagem de aviãoc depois disso você estabiliza... Se ontem foi o dia das chuvas hoje foi o dia perfeito pra pilotar, temperatura boa e sem chuvas... Continuando para o Oeste sai de Goiás e entrei no Mato Grosso... Foram centenas de quilômetros cm plantações a perder de vista margeando a estrada, o tal "chão goiano" é uma terra próspera, planícies sem fim. O espetáculo do dia foi o por do sol... Como estava indo para o oeste... Parecia que eu perseguia o por do sol e isso fez prolongar o show... Mas ele foi mais rápido e a noite chegou na estrada, os faróis de led mostraram seu valor... Sucuris aterrissados em Rondonópolis(o nome da cidade é em homenagem a Marechal Rondon desbravador dessas terras...Força e fé!
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DIA 03
foi um dia completo do ponto de vista de uma estrada de moto, primeiro 150kms rodados numa estrada péssima, pista simples sem sinalização abarrotada de carretas bi-trem... Mto calor e aumentava a medida que me aproximada de Cuiabá (a capital do Pantanal), a paisagem permanecia a mesma, plantações de soja, algodão e girassol a perder de vista, atravessei Cuiabá pelo centro da cidade e o calor cantado na música do Skank é bem real...80kms após Cuiabá parei num restaurante de beira de estrada que possui Wi-Fi, lá sentado conversando cm um senhor, ele me falou cm toda a calma do mundo: moço acho que sua moto tá caindo (Rs), olhei e não acreditei a moto estava deitando pois o descanso não estava suportando o peso da moto + bagagem... Seguramos a moto pra não cair, e peguei estrada, faltavam ainda 362kms pro destino do dia (pontes e Lacerda MT), passando pela cidade de Carceres resolver entrar e resolver o problema da moto, e encontrei a solução na Moto pelo "cabeça", apelido do dono por ser uma espécie de professor pardal como mecânico de motos, constrói ferramentas e máquinas para sua oficina, e esse cara foi p responsável por montar um pedal de descanso de ferro maciço usando a estrutura tubular do meu descanso (empenado). Bom cm 3 horas de atraso sai de Carceres as 21:30 e ainda faltavam 230 até o destino... Me alertaram para o perigo de animais na pista, devido aos muitos alagados ao longo da estrada onde viviam capivaras e outros animais, e fui bem cauteloso e Tbm preparei para clicar cm a GOPro qq bicho q atravessasse minha frente, mas somente vi um sapo Rs
Se ontem o espetáculo foi acompanhar o por do sol, hoje foi a lua que me fez companhia no trecho final da estrada, e pilotar a noite cm lua cheia em pleno pantanal mato-grossense foi fantástico... Pouco Dps da meia noite aterrizei em Pontes e Lacerda... Amanhã tem mais... É Sucuris no comando!
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DIA 04
Decolei rumo ao norte/noroeste, mais um dia perfeito pra pilotar cm temperatura agradável, pouco trânsito, estrada boa... Segundo o escritor Romulo Provetti, o Homem que sai numa viagem de moto volta diferente, volta melhor... Hj refletindo sobre isso na estrada, acabei por concordar... Numa viagem solitária de moto chega determinado momento que vc
Está ali pilotando quase de forma automática e a cabeça está passando um verdadeiro
Filme, você trás a
Tona centenas de lembrança, alegres... Tristes... Vem musicas na cabeça, cheiros, situações, vc vai linkando tudo aquilo E de alguma forma reprocessa aquilo como uma forma de superação... E de fazer melhor... Se sair melhor numa próxima... Uma Viagem solitária de moto é na verdade uma viagem ao seu interior...
A paisagem que antes era dominada por extensas plantações deu lugar a pastos cm gado e fazendas particulares, o relevo Tbm mudou com alguns morros lembrando algumas paisagens de Minas... 80 kms após Pontes e Lacerda-MT duas Serras uma de cada lado da estrada, formavam um paredão e acompanhavam a estrada por vários quilômetros... Após isso passei por alguns trechos de mata nativa, a mata abraçava a estrada formando um visual muito legal... incrível como a temperatura muda qdo você entra nessa vegetação, isso nos dá a certeza que as mudanças de clima que observamos são resultado principalmente dos desmatamentos... Em certos trechos da estrada comecei a observar que havia buracos, quer dizer panelas sempre do lado direito da estrada, fiquei pensando o pq desses buracos na mesma posição do asfalto naquele trecho até q matei a charada, eram as copas das árvores que avançavam sobre a estrada e ali faziam suas goteiras... Algum tipo de reação da floresta ante a devastação rs.
Quando faltavam 10kms para a cidade de Pimenta Bueno, a estrada desapareceu dando lugar a um tapete de crateras lunares, os bi-trens que eram maioria bailavam de um lado a outro da estrada escolhendo os buracos menores.. Cheguei a ver molas e borrachas de suspensão pelo Chão, provavelmente dos caminhões que pesados sofriam muito nesse trecho..No meio desse trecho passou uma placa de sinalização cm o desenho de um homem cm uma pá e logo abaixo a legenda homens trabalhando, logo pensei e comecei a rir sozinho, então é esse fdp q tá cavando esses buracos cm a pá... Como tudo para o marketing é uma oportunidade de negócio, logo após os 10kms de crateras tínhamos a borracharia do Negrinho q estava cheia Rs e 100 Metros depois uma grande loja de molas para caminhões.
Bom chegando próximo da divisa Mato Grosso/Rondônia me deparo cm o restaurante "Rancho do Sucuri"... Logo pensei: um sinal divino pra almoçar Rs... Mto legal o lugar, deixei a nossa marca e ainda trouxe uma pequena lembrança da cachaça Sucuri produzida lá...
Algumas informações técnicas do Voo, a capitão América está cm um consumo médio de 20km/l... Autonomia de 500kms, a moto continua perfeita dentro de suas limitações, e o peso da bagagem e tanque auxiliar tem deixado por vezes à frente cm aquele shimy, nada q uma pilotagem tranquila não resolva...
Já no lusco fusco cheguei em Ji Parana e encerrei a estrada de hj... Amanhã tem mais...força e fé...
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DIA 05
Rumo ao norte, o dia prometia ser um dos mais punks da viagem e com certeza se superou, primeiro por conta da distância e segundo pela condição das estradas. Saindo de Ji-Parana são 30 kms até a cidade de Ouro Preto do Oeste, um trecho bastante perigoso e cm muitos bi-trens. Após isso, a partir de Ariquemes muito tranquilo numa estrada boa de andar até Porto Velho/RO.
Passei por rios que pareciam mar, vi casas em palafitas sobre os rios, e também alguns balneários em braços dos rios que no domingo à tarde e cm calor estavam cheios. A paisagem apresentava ora fazendas de gado, passei por uma unidade da JBL(e uma unidade de confinamento), Tbm começam a aparecer pequenas propriedades rurais.
Após Porto Velho a brincadeira começou a ficar mais séria, estrada cm trechos mto ruins... Era uma preocupação grande pois havia a necessidade de pilotar a noite.
Causo: parei a moto para fotografar um alagado ao lado da estrada, tirei a luva da mão direita, fotografei, montei na moto e sai, uns 25kms depois comecei a perceber um vento na mão direita, putz ai q me dei conta q a luva q estava sobre a bagagem deve ter caído logo que sai, para tentar recuperá-la tinha q voltar 25kms e DPs Os 25kms de novo, acabei desistindo da luva q cumpria sua última viagem devido ao desgaste e promovendo a luva de chuvas a titular nessa viagem.
Numa outra parada novamente para fotos, achei um par de óculos escuros daqueles de plástico xing-ling, se foi algum tipo de compensação eu quero a minha luva de volta Rs
Anoiteceu na estrada e veio uma chuva torrencial, parei a moto no meio do nada cm floresta dos dois lados, os raios iluminavam o céu todo, ai pensei: pelo horário podia estar em casa vendo TV (Faustão), conclui melhor estar na estrada na floresta amazônica. Debaixo de chuva cheguei na balsa q faz a travessia do rio madeira (em 10 minutos)... Após a balsa partir a chuva diminuiu a intensidade e qdo atracamos fui o primeiro a sair e mesmo a noite cm pista molhada desenvolvia bem, faltando 140kms para a divisa entre Rondônia e Acre a estrada deu lugar a crateras lunares, mas de uma forma bem perigosa, você tinha trechos de estrada boa e do nada surgiam verdadeiras panelas em vários pontos da estrada, mesmo cm toda cautela e cm faróis que iluminavam uns 150metros à frente acertei pelo menos 2 dessas panelas sem nenhum dano mas tomei um grande susto pois os buracos eram bem largos e fundos, imaginei q um pneu de perfil baixo e/ou rodas de liga não sobreviveriam a esses 2 impactos... No final das contas cheguei em Rio Branco no Acre as 00:15hs (o fuso aqui é 2hs a menos q Minas)... E cheguei inteiro após 14hs na estrada... Ufa
Uma curiosidade, observei q após mais de 3.000kms rodados e passando por muitas cidades pequenas não vi ainda ninguém andando a cavalo, definitivamente foram substituídos por motos, a maioria Biz, Cg e algumas cinquentinhas xing ling,
Inclusão digital: Incrível mas todo posto aqui tem Wi-Fi liberado desde o Matogrosso, Rondônia e Acre, parei em alguns q o chão era de terra e a internet de boa qualidade, até as lanchonetes de beira de estrada, bem simples, investiram nisso para atrair os clientes.
foi muito cansativo o dia, mas é claro que valeu demais.
Com isso encerro a primeira fase da viagem que foi de BH a Rio Branco no Acre.
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DIA 06
Dia de manutenção e cuidados pra Capitão América prosseguir na aventura... Troca de Óleo, uma seta cm lâmpada queimada e o aro traseiro quadrado resultado das crateras lunares de ontem a noite (imagina se fosse de Hayabusa Rs). Fui bem recebido e a moto está recebendo atenção especial na concessionária Honda Star Motos aqui de Rio Branco/AC.
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DIA 07
Após um dia sem rodar aguardando a liberação da Capitão América da revisão, chegou a hora de partir, café da manhã as 6hs no hotel Gameleira em Rio Branco (Mto
bom Hotel) decolei sobre um céu negro e carregado, no dia anterior Rio Branco havia recebido 4 horas de chuvas intensas cm alagamentos e deslizamentos. Acelerei e consegui escapar da chuva que era iminente, rumo noroeste buscava as últimas cidades do Brasil pra aqueles lados, Brasileia e Assis Brasil, sempre margeando a dívisa cm a Bolívia, numa estrada que alternava trechos bons por muitos kms e poucos cm buracos, desenvolvi bem.
O relevo apresentava agora pequenos morros, o que resultava em algumas curvas na estrada, muito gado nas fazendas e algumas plantações de cana-de-açúcar na paisagem, e de vez em quando um pouquinho da floresta amazônica.
Lembrei de 2 casos que não contei anteriormente... 1-quando estava em Rondônia vi as famosas "Cabriteiras" estradas vicinais de terra que ligam clandestinamente a BR070 a Bolívia, são aproximadamente 90kms de distância e é por ali que se escoam a produção de furtos/roubos de veículos brasileiros que dão trocados por drogas. 2- estava na balsa que faz a travessia dos carros/caminhões/motos e etc pelo rio Madeira entre Porto Velho/RO e Rio Branco/AC, quando chega um senhor perto e me fala: A placa da moto é de BH mas você não veio com ela não né? falei vim sim Rs, e se Deus quiser vou voltar também! Nisso ele vira pra esposa e fala, querida ele veio de lá mesmo... ela: meu filho me fala seu nome que vou rezar orar muito por você! Era um casal de contagem que veio visitar parentes em Nova Califórnia/AC, vieram de avião até um ponto e alugaram um carro... Muito simpáticos e orações são sempre bem vindas.
Finalmente chegou a fronteira Brasil/Peru, fiz a saída do país na Polícia Federal do lado Brasileiro, agora na hora de dar entrada no Peru foi aquele clichê de filme mexicano, primeiro a aparência do lugar era de uma rodoviária antiga perdida em algum lugar esquecido pelo mundo... quando faltava só a entrada da moto fui direcionado pra um setor onde o policial Peruano assistia o jogo Barcelona x Real por 5min, digitava 1 tecla, ai voltava pro jogo, só me restou começar a assistir o jogo Tbm, ai cm o Neymar fazendo gol comecei a falar... É Brasil né... Tem q respeitar o futebol brasileiro, não sei se foi isso mas DPs disso rapidinho ele me liberou.
Treta Boliviana: Na estrada, ainda no Brasil, me deparei cm 3 carretas de combustível, cm placas da Bolívia, paradas numa subida meio q na pista, achei meio estranho, e logo na frente, uns 500 metros havia uma fiscalização móvel da receita estadual brasileira, cm certeza estavam parados antes por isso... Q treta, vou chutar q trazem gasolina boliviana (10 litros = 0,50 centavos de reais e vendem ali no Acre)
Continuei então pela transoceânica, a famosa estrada do Pacífico, agora do lado Peruano, mas era uma estrada totalmente diferente, asfalto bom e bem sinalizada, havia pouquíssimo trânsito, na maioria eram motos de baixa cilindrada e os tuc-tucs, e foi construída por um pool de empresas brasileiras lideradas pela Odebrechet (ué pq então do lado brasileiro tá ruim) o relevo era o mesmo mas havia mais floresta preservada ao longo da estrada, com isso a temperatura era bem mais baixa, o perigo nesse trecho são animais na pista, o gado pasta solto sem cercas e atravessam a estrada sem cerimonia, e os cães que até dormem no meio da pista. Entre a fronteira e a cidade de Puerto Maldonado, passei por umas 20 vilas à beira da estrada, são vilas pobres cm crianças soltas pela rodovia e muitos cães, protegidos apenas pelos quebra-molas... Uma dessas vilas se chamava Belo HoriZonte Rs
Faltando 40kms pra chegar uma Chuva na estrada pra esfriar um pouquinho mais, cheguei tranquilo em Puerto Maldonado entrando no trânsito maluco da cidade cm centenas de motos de baixa cilindrada e tuc-tucs andando pelas ruas como um enxame de abelhas.
O jantar no hotel foi muito bom... lomo a la cabana... A cerca deles Tbm é boa Rs...
A moeda aqui e o Novo Sol, que chamam de Soles, a cotação é 1 pra 1 com o real.
Foi um dia tranquilo cm o visual maravilhoso da Amazônia Peruana me acompanhando até aqui... Que Deus continue me abençoando e protegendo...
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DIA 08
Após um bom café no hotel Cabana Quinta (mto bom) , sai para fazer o SOAT, uma espécie de seguro obrigatório peruano similar ao nosso DPVAT e obrigatório segundo me informaram na aduana peruana, havia uma seguradora que fazia a apenas 2 quadras do hotel e o processo é bem rápido, para estrangeiros o valor é de US$35 para 30 dias.
Como fui a pé fazer o SOAT pude observar melhor a cidade de Puerto Maldonado, o trânsito é basicamente 90% de motocicletas de baixa cilindrada e tuc-tucs, parecem um enxame de abelha em todas as direções, a maioria são moto taxistas. o interessante é que somente o piloto da moto é obrigado a usar capacete, o garupa não rs. Eles usam um capacete que parece aquele modelo nazista que chamam de casco, e usam sem amarrar nem nada... Nas motos há de tudo, famílias inteiras cm Pais e 2 ou 3 crianças, grávidas cm bebês de colo, mulheres sentadas de lado.
Vi uns modelos de moto inexistentes no Brasil e mais interessantes como a Honda CBF 150 monoamortecida na traseira e a Yamaha R15, por curiosidade perguntei e o preço de um tuc-tuc Honda novo é de 5.800 soles mais ou menos 5.800 reais. Vi DT180, Bros, Tornado, mas a grande maioria é motos xing-ling mesmo.
Fiz o primeiro abastecimento no Peru, eles chamam os postos de Grifo, tirando alguns poucos cm aparência melhor mas no geral são somente a bomba de combustível e as vezes o chão é de terra, a gasolina é vendida em galões e não em litros, o preço é equivalente ao do Brasil cm um detalhes, não há adição dos 27% de álcool nem solventes(espero rs). Tem dois tipos de gasolina: 84 octanas e 90 octanas.
Decolei para um dia de grande desafio, cruzar a Cordilheira dos Andes que em alguns pontos tem altitudes acima de 4.800m, havia uma Grande preocupação de como a moto se comportaria nessa atitude com ar rarefeito. na saída de Puerto Maldonado o GPS apontado para a cidade de Cusco ficou louco e me mandou para a direção errada, rodei uns 10kms errados até perceber, existem pouquíssimas placas indicativas, mas na base de quem tem boca vai a Roma eu encontrei o rumo certo.
A estrada é pedagiada mas motos não pagam pedágio (obaaa). A estrada continuava igual, muitas vilas bastante pobres e seus quebra-molas. Na altura da Sierra Santa Rosa ficou mais divertido, curvas bem legais de fazer numa estrada vazia cm asfalto bom...
Foi assim até a estrada começar a acompanhar o leito de um rio, com grande volume de água, às vezes assoreado, às vezes corredeiras sobre pedras num visual bem legal. Em grande parte a estrada corria espremida pelo rio e muralhas de pedra e matas, os deslizamentos de pedra eram constantes e havia muita manutenção na estrada nesses pontos alguns cm pare/siga. Na estrada em certos pontos, e foram muitos, havias depressões na pista que eram propositais para que a água que descia da montanha corresse por cima da estrada, tipo assim você vem na estrada e de repente tem um pequeno córrego atravessando a pista, são pontos de perigo a presença de lodo e água, que podem ter fazer cair.
Próximos das 14 horas e antes de subir a cordilheira, vi um restaurante cm aspecto bom e resolvi parar, Costa Verde, atendia tambem os trabalhadores das obras da estrada, e vi algumas coisas da odebrechet lá, comi um polo cm papas fritas e tomei uma coca por 10 soles (filet de frango cm batata frita), estava ótimo.
A chuva começou a me acompanhar, o visual era fantástico, o rio corria por um vale é a estrada serpenteava entre o rio e as montanhas, por muitas vezes tinha vontade de parar e fotografar mas havia um horário limite para subir/descer a cordilheira devido ao frio, antes de começar a subida o GPS indicava a altitude em 250m.
Começou a subida da cordilheira cm muitas curvas no formato de U, a temperatura ia caindo e a altitude subindo rápido, 1800m, 2300m, a moto continuava cm funcionamento redondo e o visual era de tirar o fôlego, parecia um filme, quedas de água de centenas de metros, pequenos rios cm corredeiras e picos com neve, a partir dos 3.000m de altitude a moto começou a perder rendimento, passei pela cidadezinha de marcapata que fica a 3.200m de altitude pendurada nas cordilheiras, a subida era mto lenta, rodava a 40/50km/h e vez por outra pega um veículo lento e os pontos de ultrapassagem eram poucos, entrei
Numa forte neblina subindo bem rápido mas qdo olhava pra cima via o sol nas partes altas da montanha, enquanto fazia as curvas olhava para trás e via a estrada como um grande caracol descendo a cordilheira, era de arrepiar.
Vi pela primeira vez um rebanho de lhamas, eram tocadas por um cara pela estrada abaixo.
Acima dos 4.000m de altitude eu tinha dificuldade em andar a 40kms por hora, isso cm o motor a 6000rpm, o frio era intenso e apesar de estar muito bem preparado, roupa térmica segunda pele, jaqueta com proteções térmicas, balaclava segunda pele, luva segunda pele e por cima luvas de frio/chuva, as minas mãos queimavam como se estivesse no fogo, tinha dificuldade para acelerar (que falta faz um aquecedor de manoplas rs), passei pelos pontos mais altos da cordilheiras no lusco fusco cm as placas indicando 4.717m e 4.815m de altitude, em certos pontos havia um vento intenso que aumentava a sensação térmica do frio, mas minha roupa suportava bem, nem
Parei para fotografar as placas pois tinha medo da moto apagar e não pegar mais, a noite também se aproximava, quando olhava para os lados via as partes cm neve que eu estava vendo la debaixo.
Comecei a descer ufaaaa, de forma
Menos íngreme a eram curvas mais abertas até que a altitude estabilizou em 3600m, passei por algumas vilas e numa delas parei num grifo e abasteci, estava muito frio ali também.
Com a chegada da noite, antecipei minha parada, e acabei aterrissando na pequena cidade de Urcos, um hostel cm quarto privativo e Wi-Fi (que não funcionou) por 35 soles. Fiquei sem contato... Mas após muitos kms rodados e frio intenso foi como chegar num oásis.
Se valeu o dia? Eu atravessei a cordilheira dos Andes de moto, preciso falar mais? já valeu a viagem... Nunca mais esqueço o que vi... E tem muito mais por vir... Obrigado ao cara lá de cima.
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DIA 09
"Munay: amor. Yankay: trabalho. Yachay: sabedoria. Que aprendamos com os rios, com as montanhas, com as árvores, com os animais. Que aprendamos a ver com os olhos da alma, nos comprometendo com o essencial. Que nossas vidas sejam repletas de abundância, reciprocidade, amor, trabalho e sabedoria." (Pensamento Inca)
Antes de decolar da pequena Urca com destino a ollantaytambo... Dei uma volta a pé pela pequena praça, tirei algumas fotos... Uma vila bem pobre cm muitas senhoras de expressão cansada carregando seus filhos tipo em mochilas, ou nas esquinas vendendo frutas e legumes. Havia um movimento para embarque em vans e ônibus, e pela janela os vendedores tentavam convencer seus clientes.
Após a laguna Huracan peguei uma estrada que era margeada pelo rio e pela linha de trem que vem de Cusco para Machu Picchu, à beira da estrada plantações de algo como flores rojas, e também nas margens do rio... Fui pilotando sem pressa, curtindo aquele visual numa estrada boa e apesar do sol a temperatura era de 15 graus e a altitude estava próxima dos 3.000m.
Passadas algumas vilas, cm os tradicionais quebra-molas, comecei a observar pedras e galhos sobre a pista... Mais adiante em outra vila a estrada estava fechada com pedras e haviam pessoas sentadas nelas, depois vim a descobrir que era o dia "del paro", um dia de manifestações onde fecham as estradas na entradas e saídas de cada vila. Desliguei a moto e fui conversar... No sorriso e diplomacia expliquei que era brasileiro, que estava viajando de moto por muitos quilômetros e que precisava chegar ao hotel em ollantaytambo para descansar, após uma espécie de votação me permitiram passar.
Mas a cada vila ficava mais difícil, eu usando a mesma estratégia paciência e muita diplomacia, numa outra vila um senhor Me pediu contribuicon voluntária para passar, dei 2 soles e retiraram uma pedra por onde passei, numa outra vila vim passando devagar e gritaram estranjero, nem olhei pra trás...
Cheguei a uma das últimas vilas e havia uma fila de carros parados, de repente todos começam a manobrar e fazer meia volta, um dos carros passa por mim e o cara fala: vamos por otro camino, virei a moto e passei a segui-los entramos numa estrada vicinal de terra do outro lado do rio e andamos uns 10kms nela, acabamos saindo atrás da estação de trem de ollantaytambo, dai atravessei uma ponte de pedestres toda de madeira e cordas sobre esse rio com a moto para o outro lado
E cheguei a cidade... Foi tenso
ollantaytambo é ponto de partida e ou passagem obrigatória para quem vai a Machu Picchu, só há 2 caminhos de trem ou trilha a pé com guia autorizado, acho que são 5 dias de caminhada, de trem são 3 horas. Aqui em ollantaytambo é como se fosse a capital mundial dos mochileiros e aventureiros, o movimento de vans trazendo estrangeiros é intenso, vi muitos americanos, ingleses, canadenses, franceses chegando em excursões.
A cidade de ollantaytambo era uma cidade fortaleza para proteger o vale sagrado dos incas, um complexo militar e religioso, chama a atenção o templo del sol, e os solos para guarda de alimentos construídos pelos incas nas montanhas(fotos).
Hoje e amanhã descanso da moto, capitão América ficará descansando nos jardins do hostal, pego um trem para Machu Picchu, a cidade sagrada dos Incas....
Que Deus continue nos protegendo... Obrigado a todos os amigos que me enviam mensagens de apoio e sucesso nessa aventura...
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DIA 10
Após uma volta pela cidade, estava acontecendo uma festa religiosa e houve uma queima de fogos, passei pela feira de artesanato de ollaytamtambo e um delicioso "lomo a la moda" fui dormir cedo pois tinha que estar na estação as 05:40hs o trem partia as 06:10hs... Estava num hostal a 200m da estação... Como bom mineiro não podia perder o trem... E as 06:10 pontualmente ele partiu... Peguei o expedition da PeruRail, Muito confortável, cadeiras em disposição de 4 com mesa ao centro, janelas amplas e janelas panorâmicas no teto, serviço de bordo cm um lanchinho e decoração das paredes do vagão cm motivos incas.
Uma musiquinha peruana daquelas de flauta bem lenta e o balanço do trem quase fazendo todos os passageiros desmaiarem...
Comecei com um Pearl Jam para degustar as paisagens, combinação perfeita de música e visual.
Os trilhos do trem passavam por túneis escavados na pedra, o trem passava a poucos centímetros na lateral que eu estava de paredões de pedra, vi vários picos nevados, por muito tempo acompanhava o leito de um rio...
Passamos por várias pequenas propriedades rurais, com pouco gado e ovelhas, algumas pequenas plantações de milho. Vi também uns 2 ou 3 cemitérios pequenos perto dessas propriedades, enfeitados cm muitas flores, parecem que sepultam seus mortos dentro do próprio terreno.
Em certo momento aumentou a velocidade e o trem pulava como um carro numa estrada de terra, a galera gostou da adrenalina.
Os passageiros no meu vagão eram 50% estudantes americanos, o resto misturado, algumas senhoras brasileiras muito animadas, e na minha mesa duas senhoras americanas, estilo o filme vovozona, extremamente engraçadas.
A chegada na estação de trem de Machu Picchu impressiona, impressiona pela quantidade de comércios, restaurantes e alguns hostals, comprado o ticket para o vale sagrado dos incas (128 soles), existem 2 opções para se chegar ao parque, de micro ônibus ou então caminhando pela montanha, optei pela caminhada pelo visual é porque meu trem de volta seria apenas as 21hs, você começa a caminhada por uma estrada de terra seguindo um grande rio com corredeiras, após uma ponte de madeira está a entrada do vale sagrado e início verdadeiro da caminhada de 1200m subindo a montanha por escadas de pedra por dentro da mata, um caminhador cm preparo consegue fazer o percurso entre 00:45m e 01:00h, pela subida você passa ao lado de pequenas quedas d,água, existem alguns pontos de descanso e o visual é insuperável.
Lá pelo meio da caminhada me aparece um cãozinho que passa me acompanhar, eu gostei pois comecei a conversar cm ele ( em espanhol claro), e ele sempre do lado me dando forças rs, mas após um tempo passou um grupo de americanos caminhando de volta e ele resolveu descer cm eles.
Na subida da montanha, mesmo cm temperatura por volta dos 9 graus, estava suando tanto que tirei as blusas, ficando só cm a camisa mesmo foi um alívio, passei muitos caminhando e muitos me passaram, cada qual no seu ritmo, mas a cada parada pra descansar ficar ali olhando o visual, escutando as quedas d,águas, os pássaros era revigorante.
Para quem vier, e não se sentir preparado para uma caminhada bem pesada como essa pode optar por subir de ônibus e descer caminhando pela montanha, mas quem estiver viajando no modo conforto o melhor é ida e volta de ônibus mesmo.
Numa das paradas na subida havia uma cabana e alguns adesivos, dentre os adesivos um de um casal/argentino/francesa que deram a volta ao mundo numa kombi, inclusive ela engravidou e teve a filhinha durante a viagem, isso foi veiculado pela vollswagen Brasil no encerramento da produção da kombi, como uma das histórias cm a kombi. Uma pena que os adesivos Sucuris ficaram na bagagem no hostal.
Aproveitei uma das paradas para encher as garrafinhas de água vazias numa queda d,Aqua, com certeza mais limpa que muita água mineral que se vende no Brasil. E a água já vinha gelada.
Finalmente cheguei ao topo cm 51 minutos de caminhada, lembrei da equipe caniana do meu amigo rafa...
Logo na entrada encontrei uns brasileiros, o Cleber e a Gabriela de BH, foi legal pq eles contribuíram muito cm minhas fotos
Machu Picchu é um local mágico, místico... Não há palavras ou fotos pra descrever... você tem q vir aqui e ver com seus próprios olhos... sentir o lugar...
Turistas do mundo inteiro perambulando pelas escadas de pedra, muitos guias com grupos contando a história da civilização inca é desse lugar... Para mim chegar até aqui... Numa viagem de moto, foi um sonho realizado.
A cidade estima-se que foi construída em 1450 durante o governo de inka Pachacuti, era um centro político, religioso e administrativo... Um espaço sagrado. A cidade contava cm setores agrícolas, templos, casas, local de cerimonial e um observatório astronômico.
Como foi o meu dia? Eu caminhei pela montanha que leva a cidade Inca de Machu Pichu... Andei por aquelas ruínas sentindo a energia do lugar... Relembrei a história desse povo.... Sem mais palavras...
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DIA 11
Parti de ollaytamtambo ainda com as imagens da cidade sagrada dos Incas na cabeça, nunca mais vou esquecer...Machu Pichu é um lugar mágico... Místico... Tem uma energia... Mexe cm você estar ali... Passei umas 6 horas lá... Foi fantástico.
Após um rápido café peguei estrada e parei num grifo (posto) em Urubamba, quando acabei encontrando um casal argentino de moto aguardando um outro casal amigo para um passeio, conversando com eles me indicaram um caminho para Cusco passando pela vila de Poroy, além de ser atalho seria uma estrada boa e o visual fantástico... Confiei neles, ignorei a moça do GPS e foi dica de ouro, numa estrada boa e vazia subi uma montanha a mais de 4.000m de forma bem gradual, curvas abertas, asfalto perfeito e pouco trânsito. Havia vários mirantes na estrada e valia muito a pena parar em cada um deles.
A paisagem era formada por grandes vales com capim verde amarelado cercado por montanhas muito altas, muitas com neve nos cumes, é um Visual de te deixar boquiaberto, o frio e vento pegavam pesado, temperatura próximo de zero grau e vento forte, muitas vezes frontal. Haviam pequenas propriedades rurais basicamente cm gado e ovelhas, voltei a ver alguns pequenos cemitérios dentro dessas propriedades. A altitude nessa estrada variava entre 3.800m e 4.300m, e o frio era congelante.
Por volta das 14hs parei pra almoçar num restaurante à beira da estrada dentro de uma vila, foi aí que vi um senhor almoçando um prato tradicional da região: Cuay Asado, bom pra quem não sabe Cuay é o porquinho da Índia rs... Muito estranho ver aquele porquinho assado inteiro no prato, mas é o costume deles.
Nas várias vilas que passei, vi muitos fusquinhas, de todas as cores (3 fuscas azuuuuis meu amor)... Continuam rodando e resistindo ao tempo em todos os cantos do mundo.
Com a moto sofrendo muito cm o ar rarefeito que a fazia funcionar de forma irregular e o forte vento frontal avancei muito devagar, mas sem pressa, a direção era mais importante. Era curtir o visual e pilotar em modo automático.
Cheguei em Cusco, tirei a tradicional foto na plaza de armas, fiz câmbio de reales brasilenos rs e fui pra estrada, porém pra isso era preciso atravessar a cidade, em Cusco nenhum motorista descobriu ainda o dispositivo secreto que todo veículo tem, aquela alavanca secreta que fica próximo ao volante e serve pra dar seta, o trânsito é maluco, os caras mudam de faixa sem avisar avancam pra cruzar as vias sem importar se tem carros vindo, e é tudo na base da buzina, um
Buzinaço louco. O trânsito em Cusco é formado principalmente por vans, micro Ônibus e táxis, somente vi 2 motos em todo o trecho urbano. Tem que ter coragem pra andar de moto ali rs.
Após escapar de Cusco novamente uma estrada cm paisagens belas, mas ao passar por Juliaca o pesadelo se repetiu, trânsito louco, agora com Muitos tuc-tucs e um agravante, no centro da cidade as ruas eram de terra e esburacadas, ao atravessar um trilho de trem no meio dessa confusão eu não cai por muito pouco... Mas superei e completei os 40kms finais para chegar a Puno.
Puno está às margens do lago Titicaca, e é ponto de partida para se conhecer o povo de Uros, conhecidos como o povo flutuante do lago Titicaca.
Foi um dia cansativo, pelo frio e pelo stress do trânsito nas cidades de Cusco e Juliaca, mas a missão de chegar a Puno foi cumprida cm direito a paisagens fantásticas... É claro que valeu demais... Obrigado
Meu Deus.
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DIA 12
Kamizarake... ualaki"
(algo como: bom dia/estou bem... Na língua dos Uros)
Acordei cedo para um bom café, uma olhada na Capitão América, uma troca da lâmpada de farolete, conferência do óleo... Tudo ok.
As 9hs à agência veio ao hotel me buscar para o tour as ilhas de Uros. Numa van com holandeses, canadenses, colombiano se peruanos seguimos até o porto onde tomamos um barco pequeno cm capacidade para 20 pessoas.
O nome Titicaca significa pedra de puma. O lago Titicaca tem 8.560 km2, e de 200 a 300 metros na parte mais profunda, chega a ter 160kms de largura. É o lago navegável mais alto do mundo. Era usado como meio de transporte entre Peru e Bolívia, mas após as estradas "carreteras" a navegação comercial foi muito reduzida.
Partindo da baía de Puno, o barco leva cerca de 30 minutos para chegar à ilha principal dos Uros.
Chegando a ilha você é recepcionado pelas famílias que moram naquela ilha, são centenas de ilhas. Todos são convidados a sentar e o guia apoiado pelos Uros falam da construção das ilhas, como vivem ali. Depois cada família convida 3 pessoas para entrarem em sua casa e ai falam um pouquinho mais da forma como vivem.
O lago titicaca é muito lindo, parece um mar sem ondas... Existem Uros que vivem mais isolados, em ilhas mais distantes, não recebem turistas, mas esses que visitamos fazem uma grande festa.
Parti para a Bolívia as 13hs, por 150kms a estrada margeia o lago Titicaca (pra se ter noção do tamanho desse lago), a paisagem era surreal, o lago com água na cor azul turquesa e ao longe cadeias de montanhas totalmente com neve.
Os trâmites na fronteira foram demorados, muita gente, mas correu tudo bem, a imigração e a aduana dessa fronteira Peru/Bolívia fazem lembrar os arredores do shop Oiapoque em BH rs
Poucos quilômetros após a fronteira um posto policial para todos os veículos para registro, o policial fez o registro rápido, e me devolveu meia documentos, quando perguntei se estava tudo ok ele se preparou para falar algo e travou na hora q viu a câmera GoPro no capacete km... Me desejou feliz viaje...rs
Entrei na Bolívia sendo recebido por um por do sol maravilhoso sobre o lago Titicaca... A estrada era boa mas tinha alguns remendos, passei por uma série de curvas subindo uma montanha, o GPS indicava altitudes acima de 4000m, e estava muito frio, sensação térmica 0 grau.
Cheguei em Nuestra Senora de La Paz as 20hs, que não é a capital da Bolívia como muitos pensam rs, ai aquele trânsito maluco, milhares de vans, buzinação, congestionamento, obras e avenidas tomadas de terra, cheguei ao hotel 2hs após ter chegado na cidade.
La Paz tem cerca de 2 milhões de habitantes, está a 3800m de altitude.
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DIA 13
Foi um dia de descanso e passeios em La Paz, após mais de 5mil kms (5.618kms) rodados de moto, precisava de um dia de descanso, afinal de contas são férias.
A cidade de La Paz tem 2 milhões de habitantes, o fuso horário é 1 hora a menos que o Brasil, hoje a temperatura pela manhã era 13 graus, no almoço 28 graus e agora a noite 15 graus, a moeda é o boliviano, 1 real vale 2,31 bolivianos.
Acordei mais tarde, tomei um café simples no hotel, curti preguiça, e mais tarde sai para almoçar um lomo a La café ciudad, dei umas voltas perto do hotel, trânsito maluco, aglomeração de pessoas, havia uma praça próxima ao hotel com um universidade e onde estava acontecendo um festival cultural, também haviam nessa praça muitas barraquinhas vendendo de tudo.
Vi crianças indo para a escola uniformizadas com gravatas, pessoas andando com seus celulares nas mãos, o corre-corre de uma grande cidade, muitos policiais e militares, não vi pichações ou depredações, dizem que tem áreas perigosas em La Paz, mas a região central é tranquila.
A maioria dos carros nas ruas são as vans e táxis antigos (maioria carros japoneses), dos carros particulares maioria toyota, suzuki e mitsubishi, é engraçado a divisão dos particulares, ou é uma camionete ou SUV top ou carro antigo detonado, não tem meio termo. Há também fãs de velozes e furiosos com antigos carros japoneses esportivos. Pouquíssimas motos, também com esse trânsito e frio rs.
Fui a uma Concessionária Yamaha por curiosidade, onde se vendiam veículos toyota 0km e motos Yamaha 0km, alguns modelos diferentes do Brasil e a mini esportiva Yamaha R15 (150cc) por US$5.200.
De volta ao hotel, um bom cochilo (afinal são férias rs), e lá pelas 17hs sai para um passeio muito legal, um passeio pelos teleféricos de La Paz. Por ser uma cidade localizada num vale cercado pelas cordilheiras dos Andes, o teleférico foi uma opção de transporte rápido ligando em linha reta e por cima as extremidades da cidade.
Uma caminhada de 20 minutos do hotel e peguei o teleférico na estação da calle Ecuador, plaza espana, para as linhas amarela e verde, é muito silencioso e parece que você esta flutuando sobre a cidade. No horário que fiz o passeio, fui ao entardecer e retornei à noite tive uma bela visão da cidade.
É um passeio imperdível para quem vier a La Paz, as estações são modernas, tem funcionários educados e atenciosos, cada passagem para uma linha custa 3 bolivianos.
Fusca Azul Boliviano meu amor rs
Há uma coca-cola ks custa 3 bolivianos.
Descansar pois amanha a estrada será longa...
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DIA 14
Conforme planejado acordei bem cedo, fiz checkout, montei a bagagem na moto e ai vi que tinha um carro me fechando na cochera (garagem) do hotel, pedi para manobrar e fui tomar café. Voltei do café e ainda estava lá o carro, era de um sr. Argentino hospedado no hotel e que ainda estava dormindo. Com isso só consegui partir de La Paz as 7:30hs, faziam 8 graus.
Seguindo a rota traçada pelo GPS fui saindo da região central de La Paz e comecei a subir uns morros, passando pelo que chamaríamos aqui no Brasil de comunidades. A brincadeira ficou séria Qdo às ruas passaram a ser estreitas e de terra, e eu só pensando onde esse GPS maluco está me levando, as ruas eram muitos íngremes e faziam curvas em U. Mas como um milagre sai numa via expressa e depois na estrada rumo a Potosi.
Logo no início da estrada parei num puesto de serviço (posto de gasolina na Bolívia) e ai pude comprovar que não é mito o que falam sobre os postos aqui.
Quando parei a frentista já veio me falar que a venda de gasolina para estrangeiros têm uma taxação especial e que eles tinham que emitir uma nota fiscal de venda própria, me pediu até o passaporte. E mais o valor do litro da gasolina aqui é 3,74 bolivianos, para estrangeiros é 9 bolivianos o litro... Fazer o que... Completei o tanque da moto e dps tive que provar pra frentista que o tanque auxiliar não era um galão e estava ligado a moto, pois eles não colocam gasolina em galao pra estrangeiro. No segundo abastecimento o frentista veio e abasteceu os 2 tanques sem questionar nada, mas em cada posto tem um policial de vigia, ai na hora de pagar o policial educadamente informou ao frentista que era venda de gasolina pra estrangeiro, perguntou se eu estava ciente, falei que estava ok.
A estrada saindo de La Paz é duplicada, pedagiada (moto não paga) e com asfalto em ótimas condições até a cidade de Oruro, são retas intermináveis. A paisagem é formada por enormes vales com vegetação baixa verde amarelada e cercados por cadeias de montanhas amarronzadas. A temperatura ambiente era de 5 graus mas cm o vento que era forte a sensação térmica era perto de zero. Nesse trecho também observei casas que pareciam aquelas que vemos em filmes de idade média, construídas com tijolos de barro marrom bem escuro cm teto de capim/palha, e com cercados de pedras bem
Baixo.
Passar pela cidade de Oruro não foi tarefa fácil, o trevo está em obras e tive que andar na terra fofa e dar uma bela volta pra pegar a pista na direção de Potosi, a partir daí estrada pista simples com um longo trecho de serra e ótimas curvas onde eu e a capital América nos divertimos bem. O visual também era lindo e haviam muitas ovelhas e lhamas à beira da estrada.
Passaram por mim nesse trecho cerca de 7 motos big trails BMWs e KTMs, não sei se eram brasileiros somente nos cumprimentamos pois estávamos em sentidos opostos.
Ao ir aproximando de Potosi a vegetação vai ficando mais árida, vi alguns cactos bem grandes estilo filme americano de faroeste, em alguns pontos vi também largas faixas brancas acompanhando as laterais da estrada, não parei pra ver se era gelo ou sal.
A cerca de 45kms de Potosi parei pra almoçar, numa vila bem pequena, um restaurante muito simples, foi um Ótimo almoço muito barato e fui muito bem tratado pelas pessoas ali, pessoas simples de uma região bem pobre, pessoas extremamente educadas.
Potosi é uma cidade ao sul da Bolívia com cerca de 200.000 habitantes, está a quase 4.000m de altitude sendo uma das cidades mais altas do mundo. Ficou em evidência quando em 2014 o rali Paris Dakar teve uma de suas etapas passando por aqui. Na chegada da cidade vi placas, adesivos em postos e carros, do rali Paris Dakar.
Já dentro da cidade, peguei um
Congestionamento e nele seguia uma BMW Gs 1200 cm placa européia, esse tá andando mais longe que eu rs.
Potosi é ponto de partida para o maior deserto de sal do mundo,
O Salar de Uyuni, tem um
Monumento do Paris Dakar lá... Adivinham pra onde eu estou indo?
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DIA 15
Acordei em Potosí com uma temperatura de 2 graus, mesmo cm aquecedor no quarto isso é frio pra caramba rs. Tomei um bom café, fiz checkout e montei a bagagem na moto. Decidi fazer um ajuste na posição do pedal de câmbio da moto, e isso levou aproximadamente 1 hora, pela dificuldade de retirar o pedal para reposiciona-lo.
GPS apontado para Uyuni parti, já comecei a estranhar que a distância indicada era maior do que eu havia pesquisado, dificuldade para sair de dentro da cidade pela quantidade de carros e ruas apertadas, Qdo na saida da cidade paro no puesto de serviço (posto de gasolina) e resolvo confirmar se era a estrada para Uyuni, o cara aponta pra uma montanha do outro lado da cidade e me diz: você tem que passar por ali. Volto pra dentro da cidade enfrentando agora o rush do horário do almoço, não há sinalização dentro das cidades bolivianas sobre saídas, até mesmo na estrada é raro ver uma sinalização de cidades/distâncias, mas finalmente pego a estrada correta. Mais tarde descobri que o mapa da Bolívia que estou usando no GPS não tinha a estrada para Uyuni que foi asfaltada nos últimos 2 anos e traçava uma rota por outras estradas com pelo menos 250kms a mais.
Sobre o GPS estou com um modelo Garmin de última geração, de automóvel, adaptado para uso na moto, tinha um outro Garmin modelo Zumo específico para moto que não resistiu a uma chuva dias antes da estrada. Esse modelo Garmin que estou utilizando já vem com o mapa da América do Sul/Central e Flórida atualizado 2015, exceto a Bolívia (qual seria o motivo para a Garmin não divulgar o mapa da Bolívia, só perguntado ao Evo Morales mesmo rs), para contornar a situação baixei um mapa da Bolívia do projeto tracksource e instalei no GPS, mas tem limitações e muitos erros.
A estrada de Potosi a Uyuni é boa, bom asfalto e pouquíssimo trânsito, saímos fazendo belas curvas eu e a capitão América, o frio era assustador, se na cidade estava 2 graus imagina na estrada. Um vento forte me acompanhou também por um bom tempo, é comum ventos com velocidades superiores a 90kms por hora nessa região. A altitude média era entre 3700m a 4200m. A paisagem era desértica, com muitos cactos, vegetação baixa e rasteira. Em um lugar chamado serra de pelva havia uma vegetação parecendo um Musgo que tomava conta do pequeno vale é das montanhas, de longe parecia que era aveludado e as montanhas davam a impressão de serem almofadas de um sofá rs.
As lhamas foram minhas companheiras nesse trecho da viagem, centenas, milhares delas espalhadas por todos os lados, atravessam a estrada calmamente quando bem entendem, e uma delas vinha correndo pela pista contrária, e na curva onde eu vinha resolveu vir para a contra-mão, foi um belo susto.
A chegada a Uyuni... você vem descendo uma serra e se depara com uma vista de um vale a se perder no horizonte, já com a visão do deserto de sal ao longe, parece aqueles filmes de ficção onde uma nave esta pousando em um outro planeta, é uma visão fantástica, não sei se as fotos vão conseguir mostrar isso.
Chegando a cidade de Uyuni, que tem ares de cidade do velho oeste rs, você logo de cara já fica impressionado com a quantidade de veículos 4x4 pelas ruas, jipes e camionetes na maioria de agencia de turismo que tem pacotes para o Salar. Os hotéis estão cheios de gringos de todos os cantos do mundo, aventureiros em busca do Salar e Lagunas da região.
No centro de Uyuni tem um
Monumento do rali Paris Dakar, que teve uma etapa aqui em 2014.
O Salar de Uyuni é o maior deserto de sal do mundo, tem 10.582 km quadrados de extensão (extensão maior que do lago Titicaca por exemplo), 80% da reserva de lítio mundial está nele. Em tempos pré-históricos era parte de um grande lago que secou e deixou o rastro gigantesco de sal.
Ao chegar à Uyuni passei no cemitério de trens, máquinas e vagões abandonados ao tempo há muitos anos e que viraram uma espécie de atração turística de Uyuni. Eram utilizadas para escoar a produção de minerais bolivianos, principalmente estanho, ouro e prata, para o porto de Antofagasta (1892-1940).
Conheci o hotel de sal, construído com blocos de sal, muito
Legal...
Amanhã será o dia para explorar o Salar de Uyuni...
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DIA 16
Acordei tranquilo, sem despertador, para um dia que seria de muita aventura... Andar de moto pelo maior deserto de sal do mundo, Salar de Uyuni a 3.600m de altitude.
Um ótimo café da manhã e sai para abastecer a moto, no único posto do lugar, to abastecendo, o frentista já tinha me informado o valor da gasolina para estrangeiro, surge do nada um policial para conferir se estavam cobrando o valor correto para estrageiro, imagino que deva existir um policial/militar Bolíviano cm essa função. E no Brasil quem vigia a adulteração de combustíveis, ou a adição de álcool na gasolina além dos 27% oficiais?
O Salar de Uyuni fica a 30 minutos da cidade, e não é fácil chegar lá tem que ser veículo 4x4 ou moto trail, sofri com a Capitão América por ela ser uma moto pesada e não estar com pneus específicos para terra. Era muita areia fofa e costelas de vaca pelo caminho.
Pilotando bem Devagar cheguei ao Povoado de Colchani, porta de entrada do Salar, haviam muitos jipes parados lá cm turistas do mundo inteiro, uns partindo outros chegando, nas pequenas vendas do lugar se vendiam desde água a lembranças do Salar.
Entrei no Salar e acelerei, da maneira inacreditável nos trilhos dos jipes, o solo estava compactado, conseguia andar a 110/120km/h tranquilo, melhor que muito asfalto.
Cheguei onde queria em pouco tempo, um dos objetivos dessa viagem, a foto no momento do Rali Dakar em pleno deserto de Sal... Urrullll
Muitas fotos no monumento e também na praça das bandeiras, onde os viajantes que passaram por ali deixam as bandeiras de seus países, deixei a marca dos Sucuris na casa de apoio ao lado da praça das bandeiras.
Depois rodei um pouco mais pelo deserto, uns 40kms para dentro do deserto, não fui mais pois é fácil se perder, os próprios jipeiros deixam marcas visuais pelo caminho. o GPS não conseguia apontar meu caminho de volta mesmo tendo marcado as coordenadas no povoado Colchani,
Logo não fui muito longe.
Posso dizer que foi uma experiência fantásticas, quase inacreditável estar ali acelerando uma moto em pleno deserto de sal... Com certeza um grande sonho realizado graças a Deus.
As fotos falam por tudo que vi, mas é um lugar que não há fotos e videos que consigam transmitir o que é estar lá... Você tem que vir... Escutar o silêncio absoluto e até assustador quando se para no meio do deserto e desliga-se o motor... O branco do Sal que te exige óculos escuros... Foi uma experiência fantástica.
Como foi meu dia? Pilotei pelo maior deserto de sal do mundo...
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 02:07

DIA 17
Antes de partir de Uyuni resolvi lavar a moto para retirar o sal do deserto e aproveitei para fazer câmbio de bolivianos e comprar umas barras de cereais para a estrada.
Dei um volta pela cidade de Uyuni fora do circuito turístico, fui ao mercado municipal, andei por ruas secundárias, mesmo com todo o movimento do turismo ainda há muita pobreza.
Com toda propaganda sobre o rali Dakar chegar aqui pilotando uma motocicleta trail/big-trail é um bom cartão de apresentação, as pessoas ficam olhando curiosas e vem conversar, perguntar de onde você vem, perguntam sobre a moto... Te recebem muito bem.
Em toda a Bolívia vi lindas paisagens, passei por muitas vilas e pequenas cidades, em todas quando se chega a impressão é de pobreza, mas vi que em muitas haviam boas escolas construídas, algumas novas, com Boa estrutura, e mesmo nas vilas mais pobres vi crianças cm uniformes novos indo/voltando das aulas, fica claro um investimento em educação básica, também vi grandes postos de saúde municipais, as estradas todas que passei em boas condições e vi algumas que estão em construção, parece que é a aposta da Bolívia é na educação, saúde e estradas até para potencializar o turismo.
Com o role de adeus de Uyuni acabei saindo tarde da cidade, por volta do meio dia, mas a estrada de volta a Potosi era conhecida, vim num bom ritmo, curtindo as curvas e tomando cuidado para não pegar uma lhama na contra-mão. Cerca de 70kms depois de Uyuni encontrei um casal da Austrália em um mirador (mirante) estavam em uma BMW Gs 1200 é uma xr250 tornado, ambas com placas do Chile, em um papo que misturou inglês e espanhol me contaram que vieram da Austrália até o Chile, alugaram as motos e estavam a caminho do Salar, passei algumas dicas e me despedi.
Abasteci em Potosi onde a frentista ao perceber que eu era do Brasil me falou que é fã da banda calipso, falei ah a banda calipso muito boa... Eu também gosto dela e da banda Metallica e Iron Maiden, acho que a frentista não entendeu a piada kkk
Após Potosí sentindo Tupiza, a paisagem é muito árida com grandes cactos e vegetação baixa e espaçada nas montanhas, uma estrada boa mas pista simples, com pouco tráfego desenvolvi bem, a altitude variava entre 2500m a 3200m, o frio deu uma trégua e somente apareceu nos 70 kms finais. Uma coisa que mudou foram os animais à beira da pista, ao invés de lhamas agora cabras e bodes que atravessam a pista a toda hora, interessante que as placas de sinalização que rinhamlhas Tbm mudaram pra algo que seria bode rs.
Como sai tarde e não queria pilotar a noite. Não parei para fotos, somente para abastecimento. Um pouco antes de Tupiza dei uma parada em um posto para tomar água e comer uma barra de cereais, meu Deus parecia de pedra a barra de cereais, Mas com fome...
Cheguei em Tupiza já quase noite e consegui um hotel simples mas muito bom...
Amanhã tem muito mais estrada...
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DIA 18
A idéia era partir bem cedo de tupiza rumo a San Salvador de Jujui (se pronuncia rurui), estava preocupado com os trâmites de imigração e aduana, principalmente a saída da Bolívia e posteriormente de entrada na Argentina, na cidade de La Quiaca.
Quando saí do centro de Tupiza e cheguei a carretera, ela estava fechada pela polícia local pois estava para começar uma prova ciclística de velocidade que duraria aproximadamente 1 hora e não havia nenhum outro caminho alternativo para sair da cidade, o jeito foi esperar.
Havia um posto de gasolina bem na esquina do bloqueio, parei a capitão América no posto, abasteci e como havia ainda muito tempo, aproveitei para uma pequena revisão: regulagem da corrente, conferência do nível de óleo, conferência dos cabos de comando, pressão dos pneus, ajuste do pedal de cambio que vinha me chateando e reaperto geral.
Foi aí que surgiu um novo amigo que foi meu companheiro no trecho Tupiza -> San Salvador de JuJuy, o Sigurd da Noruega apareceu no posto me pedindo azeite (óleo) para lubrificar a corrente da moto dele, emprestei o óleo e quando ele veio e estacionou a moto do lado da capitão América, vi que o cara estava preparado para rodar muito, uma Kawasaki KLR 650 ano 2003 com placa dos EUA e com uns 50kg de bagagem incluindo barraca, pneu reserva e etc.
Conversando ele me falou que veio da Noruega para os EUA, comprou a moto na Guatemala, percorreu toda América Central até o Panamá. Depois cm a moto num navio até a Colômbia, depois equador, Peru, Bolívia e terminaria a viagem em Buenos Aires vendendo a moto e retornando para casa. Ai vimos que teríamos o mesmo itinerário até JuJuy, e combinamos de esperar a liberação da Ruta e tocarmos juntos.
Finalmente um policial nos deu sinal que liberariam a pista, posicionamos à frente da fila de carros que também esperava, um policial de moto pediu que ficássemos atrás dele pois iria de batedor para garantir que a pista estava livre.
Partimos impacientes atrás do policial de moto, ele andando a 30/40km/h e mais impacientes estavam os carros atras da gente, principalmente uma camionete que seguia ao nosso lado na pista da esquerda, exatamente atras da moto do policial.
Em certo momento o policial aumentou a velocidade para uns 80km/h, pensei: blz, vai nos liberar pra seguir sem ele, mas de repente parece que o radio de comunicação que ele levava a cintura chamou e ele reduziu a velocidade de uma vez, o cara da camionete que seguia impaciente estava bem colado na moto e nem freiou, bateu na moto e quando olhei no retrovisor vi a moto sendo arrastada pelo parachoque dianteiro da camionete e o policial boliviano rolando no asfalto na frente (tirei uma foto segundos antes desse acidente que mostra o policial de moto a nossa frente), pensamos em parar mas não havia o que fazer, alguns carros pararam pra ajudar e cm certeza o cara da camionete teria problemas sérios ali, fiz sinal para o Sigurd e tocamos em frente.
Com a estrada livre e pista boa andávamos muito bem, o norueguês com o tratorzão dele entrava forte nas curvas e a capitão América ia na cola, havíamos combinado andar a 100/110km/h por isso consegui acompanhá-lo, senão ele me deixaria para trás.
Após andar muito por uma serrinha e depois grandes vales com vegetação rala e amarelada, sempre circundado pela cordilheira. A paisagem começou a apresentar uns morros e montanhas coloridos, como se fossem coloridos na horizontal, um visual bonito e muito diferente.
Chegamos em La Quiaca, os trâmites imigração e aduana Bolivianos não levaram nem 5 minutos, fiquei feliz pensei: vamos passar rápido hahahaha... Fomos para a imigração Argentina, tudo ok passaportes carimbados, faltava a aduana para a entrada das motos.. Ai começou a novela.
O oficial da Aduana nos pediu o seguro Carta Verde para as motos, ou então uma prova que a seguradora das motos, no caso de termos seguro delas, tivesse as mesmas coberturas e especificasse a cobertura em território argentino, e foi taxativo... Sem seguro as motos não entram na Argentina. Como não tínhamos nem um nem outro, Expliquei que estávamos vindo do Peru/Bolívia e que a ideia era fazer o seguro quando chegássemos à Fronteira. Ele concordou e nos orientou a deixar as motos na aduana e pegar um táxi até o centro onde havia um escritório de seguradora que faria o seguro carta verde.
Pegamos o tx... Chegamos a seguradora em 5 minutos, portas fechadas, tocamos na porta do lado, um senhor nos explicou que fecharam as 14hs, eram 14:30hs, e que abririam somente na terça-feira, era sábado, domingo não abririam e na segunda-feira era feriado...
Somente consegui pensar: fudeu, 3 dias "presos" na fronteira. Sem opções Pegamos o tx de volta para a fronteira, a corrida custou 40 bolivianos, eu só pensava em alguma forma de convencer o oficial da aduana a nos liberar para fazer o seguro na próxima cidade que parássemos. O Sigurd seguia incrédulo com a situação.
Explicamos a situação mas o oficial da aduana continuou irredutível, sem
Seguro as motos não entram. Mas se propôs a tentar uma outra solução, primeiro verificou a possibilidade de fazemos algum seguro na Bolívia que valesse pra Argentina, mas isso somente seria possível em Potosi ou Sucre, retorno de centenas de quilômetros sem Garantia que conseguiríamos achar um escritório aberto.
Veio a outra solução, um outro escritório de seguradora onde a dona do escritório residia no mesmo local do escritório. O oficial foi taxativo insistam para conseguirem senão as motos não entram. Mais um táxi pra cidade chegamos no lugar indicado... Batemos a porta e uma senhora apareceu, pensei ufa vamos conseguir hahaha... A senhora abriu "meia-porta", explicamos a situação, ela friamente respondeu que não fazia seguro de motos, detalhamos Melhor nossa situação, eu pensei em pedir de joelhos, mas a senhora a cada negativa fechava um Pouco mais a porta kkk...
Pedimos Pra fazer um seguro de carro com os dados da moto, mas ela negou e o pouco de porta que restava aberta foi fechado Na nossa cara.
Voltamos No primeiro escritório meio que no desespero, tocamos numa casa vizinha, um senhor atendeu e após ouvir nossas explicações, nos deu o "não" final, explicou que a pessoa responsável pelo seguro já havia ido Embora e mesmo que ela estivesse não conseguiríamos pois a emissão dependia de autorização do escritório central em Buenos Aires, e que lá as atividades já estavam encerradas também.
Taxi de volta pra fronteira, o Sigurd me pergunta alguma ideia? Eu comecei a pensar nos amigos (Halfa, Kiko Santos, Boca, Felipao, Genildao, Fred, Thiagoc, Juliano, Elisio, Ranieri, Cabral, Marcelo Kawasaki etc), que poderiam tentar fazer no Brasil o seguro carta verde e enviar via fax pra fronteira, precisava de um Wi-Fi e sorte para que no Brasil, sábado as 16hs, ainda conseguíssemos fazer. Também pensei no Dr. Cantinho, pois poderíamos tentar entrar na marra e se a polícia federal Argentina nos prendesse o advogado dos Sucuris teria que vir a Argentina pra nós soltar hahahaha.
Voltamos a fronteira, eu guardei minha última cartada na manga, e explicamos a situação para o oficial, que pretendíamos Fazer o seguro mas não havia como ali, e que não podíamos Ficar 3 dias parados naquele lugar. Ele pediu para esperamos e entrou num local restrito da aduana. Enquanto esperávamos percebi que uma
Senhora da aduana estava sensibilizada com Nossa situação, fui conversar com ela e perguntei se não poderia nos ajudar, interceder de alguma forma... Ela pediu pra esperamos... Nossa sorte estava em jogo... Ela saiu do local restrito e nos pediu para segui lá, o coordenador da aduana havia nos liberado para seguir Viagem até um Local onde poderíamos fazer o seguro... Ufaaa.
Liberados... Ainda retornamos a pé a Bolívia para fazer Câmbio, e entramos Na Argentina após longas 3 horas na fronteira, ainda perdemos 1 hora devido a diferença de fuso, Bolívia -1hs x Argentina ( Argentina igual ao Brasil).
1) o Seguro carta verde é contratado
Por quantidade de dias, é normal que se deixe pra fazer na fronteira quando se está numa Viagem longa e não há certeza que dia entrará/sairá do país (no caso Argentina). Foi o procedimento que adotei no Peru com o seguro SOAT.
2) se não houvesse o bloqueio da saída da cidade de Tupiza para a prova ciclística por 1 hora teríamos chegado em tempo a lá Quiaca para fazermos o seguro, o escritório fechou as 14hs e chegamos às 14:30hs na porta do mesmo.
Paramos no primeiro posto para abastecer, bandeira Ypf, nafta (gasolina) 97 octanas por 14 pesos o litro e 85 octanas por 13 pesos argentinos o litro. Us$ 1,00 = 13 pesos argentinos.
Partimos abastecidos por uma boa estrada mas com muito transito, principalmente carros particulares, passamos vários bloqueios polícias que normalmente acontecem nas entradas/saídas das cidades, em 2 nos pararam mas quando viram que éramos estrangeiros nos mandaram prosseguir, no último o policial ao ver a placa brasileira e a cidade Belo Horizonte me perguntou es crussero? Respondi Nooo, sou Atlético Mineiro... Ele respondeu: Soy River... Pase... Só pensei ufaaaa hahahaha.
Em certo momento pegamos um vento frontal muito forte, reduzia a velocidade em uns 10 a 15km/h, quando vinha de lado nos Obrigava a inclinar a moto nas retas para vencer a resistência, e assim, brigando com o vento a noite chegou e também a cidade de San Salvador de JuJuy urruuuullll.
Novo abastecimento dentro da cidade e indicação de um local para comer algo, o Sigurd entrou na cidade para também fazer um lanche e depois seguiria para a cidade de Salta, eu dormiria em JuJuy.
Chegamos Na porta do restaurante, La candelária, só abriria mais tarde, as 21hs, resolvermos ir a outro, quando o Sigurd foi montar na moto dele ela tombou na rua, juntamos nos 2 para levantá-lá, Deus do céu aquela moto parecia pesar 1 tonelada com toda aquela bagagem. Bom comemoramos a entrada na Argentina com Água e empanadas.
Após o lanche meu amigo norueguês partiu rumo a Salta e eu fui procurar um hotel, o cansaço havia me feito escolher possivelmente um dos piores hotéis da cidadezinha de JuJuy e o pior de toda minha viagem, um quarto minúsculo cheirando a mofo, o jeito foi tentar dormir de janelas abertas....
Que dia... No final tudo certo... Deus está no comando...
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DIA 19
Acordei no pior hotel de Jujuy, e dei
Jeito de logo sai dali... Não havia desayuno e como era um domingo não havia muita coisa aberta na cidade. Próximo ai hoje encontrei uma espécie de sacolão onde comprei umas frutas que foram um ótimo café da manhã.
San salvador de Jujuy fica numa altitude de 1.300m e agora eu partiria para uma região mais baixa ainda o charco, uma região que fica abaixo dos 100m de altitude.
A ideia era rodar até Pampa del Infierno, um local descrito pelos aventureiros como muito quente e com longas retas.
O frio que era meu companheiro a vários dias deu lugar a chuva, às vezes forte, às vezes fraca, às vezes acompanhada com neblina, a temperatura era agradável... Nem calor nem frio.
Numa parada no posto YPF, às lojas de conveniência desse posto tem wifi, tive mais uma vez que mexer na regulagem
Do pedal de câmbio, não dava mais aperto
E bambeou de um jeito que eu não conseguia passar as marchar para cima,
Não entrava da segunda marcha pra cima, perdi um tempo para retirá-lo e posicioná-lo mais baixo onde mesmo sem aperto conseguiria passaras marchas.
A pista simples começou boa... Mas num abastecimento (todas as janelas do posto eram tomadas de adesivos de aventureiros e motoclubes), os caminhoneiros argentinos me alertaram para o que viria na estrada, estrada sem sinalização, muitas costelas de vaca, muitos remendos e trechos em obra com rípio (cascalho).
Antes do trecho ruim da estrada uma
Mercedes SLK 250 conversível me passou em alta velocidade, placa Argentina MAC140, mas chegou no trecho ruim e com suas rodas aro 20/21 andava a 10km/h, capitão América passava o trecho ruim a uns 70/80km/h navegando sobre remendos... Ultrapassei e não vi mais essa Mercedes hahha.
Há cerca de 180 kms do meu destino, a noite chegou e com ela muita animais soltos à beira da pista, com isso cheguei a cidade de Monte Quemado-Argentina e resolvi dormir ali. Um hotel simples sem desayuno somente para passar a noite.
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DIA 20
Acordei cedo com intuito de rodar mais e recuperar a estrada perdida na noite anterior. Nesse hotel conversei com uns caras sobre futebol, eram torcedores do river plate e boca, ai foi aquela discussão por conta do último jogo entre eles km. O hotel não tinha desayuno então tomei café na loja de conveniência de um posto na saída da cidade de Monte Quemado.
A ideia era parar só para abastecer e rodar muito com a intenção de chegar a cidade de Assunção - Paraguai. O tempo estava nublado mas sem chuva, ótimo para pilotar.
Numa parada para abastecimento, o dono do posto era um argentino que morou 12 anos no Brasil e conhecia BH, me deu boas dicas sobre a estrada.
Peguei algumas obras e rípio, mas quando cheguei ao Pampa del Infierno foram retas intermináveis em pista simples mas boa, eu passava na minha velocidade de cruzeiro 110/120 imaginando em qual velocidade estaria ali se estivesse de Hayabusa rs. Passei pelo pampa del Infierno numa temperatura amena devido ao tempo nublado seguindo sentido a cidade de resistência.
Um pouco antes da cidade de formosa parei pra abastecer e descobri que meia pesos argentinos estavam no fim, e aquele posto não recebia tarjeta, o frentista me deu a dica que no pueblo de Herrera havia um cajero automático e lá fui eu, rodei 10kms pra entra no povoado e cheguei ao caixa automático, banco Formosa rs, mas saquei os pesos direitinho com o cartão do Itaú.
Nesse posto aconteceu um dos casos mais engraçados da estrada, vieram 2 argentinos
Conversar comigo, perguntavam sobre a moto, a viagem etc. Um dos amigos perguntava por exemplo qual a cilindrada da moto, eu respondia 350cc, ai o outro amigo soltava a frase "uouuu Que Capacidad !!" ai perguntou sobre os faróis de milha de led, acendi para ele ver, ele falou cega os ojos hahaha, o outro amigo: uouuu Que Capacidad !!... Ai perguntou sobre a velocidade que eu andava na ruta: repondo 110km/h, o outro amigo: uouuu Que Capacidad !!..hahahaha fui pela estrada rindo sozinho dessa dupla: Que Capacidad!!
A paisagem, a estrada e até os Carros, faziam muito lembrar o Brasil, haviam pequenas propriedades rurais com plantações de milho e criação de gado, é uma região muito plana e chama a atenção a. Altitude, o GPS indicava uma altitude que variava entre 50 a 70m de altitude em relação ao nível do mar, altitude de cidade litorânea, ou seja, à beira mar, e eu estava no norte da Argentina.
Passei rápido por Formosa sentido fronteira com o Paraguai, a noite chegou quando ainda faltavam 200kms, mas a pista era boa até Assunção, a noite estava clara devido a uma meia lua no céu, e as informações que obtive davam conta que era uma pista tranquila sem ocorrência de animais ou outro perigo, então prossegui...
Me chamou a atenção como a estrada estava vazia, chegou a passar 1 hora sem cruzar nenhum veículo, ficava pensando como uma estrada tão importante que faz fronteira entre 2 países estaria assim tão vazia, comecei a desconfiar do GPS rs.
Mas de uma vez surgiu uma fila de centenas de carros em sentido contrário, é como se estivessem bloqueados na estrada por algum pare/siga e depois foram liberados de uma só vez, logo à frente descobri o motivo.
Poucos kms antes da fronteira ainda do lado argentino, ao passar pelo posto de controle policial que existe na entrada de cada cidade haviam cones fechando a pista,
Parei nos cones e os policiais me fizeram
Sinal para avançar até eles, passei entre os cones e pisei ao moto ao lado de 4 policiais, ai eles me explicaram que a Ruta estava cerrada por uma Manifestação poucos metros à frente, numa ponte. Me veio à cabeça o dia del paro que atravessei
no Peru e toda sua complicação. Ai estava a explicação pra estrada vazia e depois a centena de carros na estrada.
Os policiais me perguntaram de onde eu vinha, qual era o meu trajeto... Expliquei rapidamente sobre a viagem, me sugeriram avançar devagar até a ponte e então pedir permission aos Manifestantes para passar... E assim eu fiz... E foi tranquilo, havia uns 50
Manifestantes sobre uma Pequena ponte cercados dos 2 lados por muitos policiais, fui chegando e um senhor me fez sinal para passar ao ver que era uma Moto estrangeira.
Cheguei a fronteira Argentina x Paraguai,
Com as lembranças recentes dos problemas na aduana Argentina, mas foi muito
Tranquilo... Em 5 minutos estava dentro do Paraguai.
Faltavam 40kms para Assuncão na estrada a noite olhando o horizonte havia uma coloração avermelhada no céu, um visual Muito diferente... Quando Cheguei mais perto vi que eram as luzes da cidade de Assunção refletidas nas nuvens que encobriam toda a região. atravessei a enorme ponte por sobre o rio Paraguai e cheguei no centro de Assunção.
Rapidamente achei meu hotel no centro de assunção, foi comer um sanduíche de lomito no próprio hotel e cama rs.
No dia seguinte uma rápida volta pelo centro de Assunção, fiz câmbio de Guaranis, US$ 1 = 5.070 Guaranis, saque de Guaranis no Banco Itaú... Algumas fotos e estrada...
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DIA 21
"Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá." (Charles Chaplin).
Dia 21 - km do dia 334 ( Com muita chuva e muito trânsito pareciam no mínimo o dobro de kms) - km total 8.837
Após uma volta a pé pelo centro de Assunção, voltei ao hotel para o checkout e quando ia sair já no estacionamento do hotel, o Francisco se apresenta, é um motociclista que integra o MC Cavaleiros Templários aqui do Paraguai, fazem um dos maiores eventos motociclisticos daqui do Paraguai, conversando cm ele me mostrou fotos dele no evento de Laguna-SC com sua Kawasaki ZX14, que agora foi trocada por uma BMW GS1200 2015, disse que a velocidade levou 2 amigos, e que por isso ele mudou de categoria de moto. Quando nos despedimos ele comentou que o hotel era do sogro dele (ai pensei pq o cara não me falou isso antes que eu pagasse a conta rs). Ele me passou um cartão pessoal e disse que qualquer problema no Paraguai eu poderia aciona-lo, é a irmandade que o motociclismo proporciona e que não tem fronteiras, muito legal.
Parei num posto Petrobras para abastecer, talvez seja a maior rede de Postos de Assunção, e o bom que a gasolina não é a brasileira cm 27% (ou mais) de etanol. Curioso que em todo posto da Petrobras vi também caixas eletrônicos do Itaú. Nesse posto tomei uma Fanta guaraná rs.
O trânsito de Assunção não chega a ser tão louco quanto o de Urcos/Peru e La Paz/Bolívia, mas exige cuidado, os ônibus são velhos, normalmente caminhões adaptados soltando muita fumaça de diesel e andam muito rápidos.
Sai por uma via expressa da cidade, começou uma chuva fina, e o trânsito estava bem carregado. Com o abastecimento que fiz não precisaria reabastecer, então a ideia era rodar sem parar até a fronteira com o Brasil.
Fazia calor temperatura de 26graus mesmo cm céu nublado, eu já havia tirado no hotel todas as proteções térmicas das minhas roupas, e também havia guardado na moto a capa de chuva, e aquela chuva fina até q estava refrescante... Assim enfrentando o trânsito e curtindo a chuva após mais ou menos 1hr consegui deixar Assunção.
A estrada era simples, mal conservada e com trânsito intenso, muitos bi-trens trafegando e poucos pontos de ultrapassagem. Após alguns quilômetros. Era concessão (privatizada) e melhorou um pouco.
O céu à frente era negro e carregado, olhando a estrada via que a mesma ia direto em direção às nuvens mais negras, parei a moto já com a chuva apertando para vestir a capa de chuva, ao largo da estrada flores amarelas nativas e plantações de milho e pastos a perder de vista.
Entrei na chuva e ela veio forte e não dava trégua, pouca visibilidade e muito spray de água das carretas que passavam e que seguiam a minha frente, ativei o modo de pilotagem segura e curtindo um bom rock fui pilotando de forma quase que automática, bem tranquilo mesmo.
A medida que me aproximava da fronteira brasileira ia relembrando algumas passagens dessa viagem, o pantanal e os muitos animais atropelados à beira da estrada, a Amazônia brasileira, as crateras na estrada entre Porto Velho e Rio Branco, a balsa sobre o Rio Madeira, a Amazônia peruana, a subida da cordilheira dos Andes a mais de 4.800m, as montanhas com neve ao meu lado na estrada, a energia de Machu Pichu, o lindo lago Titicac de águas azuis, o povo Uros, o teleférico de La Paz, o deserto de sal (Salar de Uyuni) impressionte, as milhares de lhamas pela estrada, paisagens fantásticas, os pivôs com neve, a neve à beira da estrada, puxa quantas coisas vi e vivi nesses poucos mais de 20 dias e vou levar pra sempre... Meus pensamentos voavam longe... É muito a agradecer ao cara lá de cima por estar vivendo tudo isso.
A chuva persistia, a viagem não rendia, andava a 80km/h tomando muito spray de água, anoiteceu e ainda faltava um pouco para Ciudad del Este - Paraguai que faz fronteira com o Brasil, em Foz do Iguaçu, na ponte da amizade que liga os dois países.
Entrei em Foz do Iguaçu as 20hs, após rápida passagem pela imigração Paraguaia.
É bom estar no Brasil, mesmo com tantos problemas é o nosso pais, é nossa casa, onde temos raízes, você pode rodar todo o mundo, ver coisas fantásticas, mas ficará feliz ao chegar em casa.
Já no hotel tive que lavar minha capa de chuva e bota, a capa de chuva dos alforges também, era muito barro e sujeira de estrada devido à chuva.
Quando fui guardar a moto no estacionamento do hotel um fato inusitado, haviam no estacionamento nada menos que 21 motos BMW alinhadas, a maioria GS1200 e algumas com placas do Chile, pensei a capitão
América faz jus estar aqui, tem no curriculum pelo menos 10.000kms pela América do Sul, alinhei a capitão
América com elas e deixei lá rs. Tirei Uma foto, que não ficou boa, para recordação.
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DIA 22 e 23
“Lo que teníamos en común: nuestra inquietud, nuestro espíritu soñador, el incansable amor por la ruta.”
Dia 23 - km do dia 300 - km total 9.137
À noite foi de chuvas fortes em Foz do Iguaçu, amanheceu muito nublado mas sem chuva. Um bom café da manhã e parti.
No estacionamento do hotel estavam lá as BMWs fazendo companhia a capitão América, olhando melhor vi que além de GS1200 e F800GS haviam muitas do modelo F700GS inexistente no Brasil, outro detalhe as motos chilenas tinham placa dianteira fixada por dentro da bolha rs.
Parti em direção às cataratas do Iguaçu, são 14kms do centro de Foz, mas não é permitido entrar em veículo particular, e o estacionamento de motos não oferecia segurança pra deixar a capitão América com bagagem, tirei uma foto pra registro e parti rumo a Campo Mourão PR, o céu sem chuvas ainda estava muito carregado.
Cerca de 70kms rodados e a chuva veio, com muita intensidade e me acompanhou por 150kms, a estrada que começou com boa pista duplicada e pedagiada (paguei R$21,70 pra rodar 300kms nessa estrada paranaense, no Peru, Bolívia, Argentina e Paraguai rodei em estradas pedagiadas e moto não paga), pouco depois virou pista simples, pista boa mas muito transito.
Mais à frente à chuva parou, a paisagem tinha plantações de milho e soja a perder de vista, e muitos pastos com gado Nelore. São lindas as terras paranaenses com muito plantio a exemplo de Goiás e Mato Grosso. Fui recebido em Campo Mourão por um belo pôr do sol que registrei, os últimos 20kms foram bem devagar, vim lidando com 2 problemas na moto: o pedal de câmbio que bambeou de vez e a relação que desgastou muito e já não oferecia mais possibilidade de ajuste (será necessário reduzir a corrente com a retirada de elos).
Tive dificuldade em encontrar um bom hotel, os 2 primeiros estavam lotados e o que consegui era o último quarto... Amanhã uma visita à oficina para além de ajustes a troca de óleo do motor e depois muita estrada rumo a São Paulo.
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DIA 24
"Maria yo sé que usted treme! Tener em casa a tu papá"

Antes de sair de Campo Mourão, uma cidadezinha bem legal no interior do Paraná, eu precisava ver umas coisas na capitão América, a relação não estava legal, o pedal de câmbio não dava mais aperto e não chegaria em BH, e já estava na hora de trocar o óleo do motor.
Tinham várias oficinas e moto peças na cidade e até uma concessionária Honda, encontrei a relação para trocar e o pedal também, a relação havia acabado, em 10.000kms foi muita chuva, estrada de rípio e o deserto de sal, os dentes da coroa estavam completamente tortos.
Com isso acabei atrasando muito minha partida, e a estrada a noite seria certa. Sai de Campo Mourão sem chuva, por uma estrada muito boa e muito movimentada, plantações de milho e soja a perder de vista e muitos pastos.
Chegando próximo à cidade de Maringá a chuva veio forte e não parou mais até São Paulo. Saindo do estado do Paraná paguei o pedágio mais caro, R$6,90 para motos, poucos metros após era a divisa Paraná x São Paulo, alguns trechos ruins mas depois a estrada virou um tapete, mesmo com a chuva persistente o ritmo era bom... A estrada era pedagiada mas moto não paga (ufaaaaa)...
Faltando uns 50kms para Ribeirão Preto passava por Jaboticabal, cidade que já conhecia, e resolvi aterrissar e descansar da chuva...
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DIA 25
O dia final de uma grande viagem de moto, é um dia muito especial e também de grande ansiedade... Foram 25 dias na estrada, 5 países, 5 moedas diferentes, paisagens incríveis, contato com costumes, hábitos e culinária desses povos.
Você vem com milhões de novas idéias, vem ainda curtindo tudo que viu e viveu nos dias de aventura e também controlando a ansiedade e vontade de estar logo em casa, e lidando com o cansaço acumulado de tantos dias na estrada.
Acordei em Jaboticabal SP, com o cansaço me dominando, os 3 trechos anteriores, Argentina, Paraguai e Paraná foram feitos com muita chuva o que torna a pilotagem tensa e cansativa, no café tomei uma decisão muito importante, ao invés de seguir pra BH, iria descansar um dia ali e seguir no dia seguinte. É uma decisão difícil, mas muito importante, não se pilota uma motocicleta cansado ou estressado, em 2010 sofri um acidente pois não reconheci que era hora de parar a moto devido às condições do tempo e seguir no dia seguinte.
Pouco sai do hotel, fiquei ali realmente descansando pra fazer o último trecho tranquilo, e além de descansar fui ajudado pelo tempo que abriu no dia seguinte e se transformou num dia perfeito pra pilotar. Me lembrei de tomar um sorvete ice muito bom que tem no shop local.
A estrada já conhecida e perfeita é pedagiada, não se paga pedágio em SP, em Minas paga-se R$2,10 para moto. Havia bastante trânsito nos 2 sentidos.
Depois que passei pela divisa, São Paulo x Minas Gerais, fui recebido pelas montanhas de Minas e claro muitas curvas, respirei fundo o ar de Minas e pensei: Como é bom se sentir em casa...
Um dos pontos altos é o trecho da estrada que margeia o lago de furnas, o mar de Minas, é muito lindo o visual, e existem ali restaurantes com vista para o lago fantásticos.
A emoção de começar a ver o nome de Belo Horizonte nas placas indicativas de distância, quando se andou tão longe, vai potencializando a vontade de chegar.
E assim foi, acelerando e controlando a ansiedade... até estacionar a moto na garagem e pensar: Agora realmente cheguei, que aventura... Obrigado meu Deus.
Como é chegar de uma aventura dessas? A realização de um sonho, um sentimento de superação e de dever cumprido, a quebra de um paradigma que te sugere novos horizontes e desafios. Não sou melhor que ninguém por ter realizado essa aventura, mas me sinto melhor que o cara que partiu há 25 dias atrás. Se superei esse desafio com planejamento, foco, coragem e fé, posso superar outros maiores, seja na vida pessoal ou profissional, buscar sempre melhorar, ser uma pessoa melhor no mais amplo sentido que isso possa significar.
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Mensagem por abb Qui 25 Jun 2015, 08:26

Opa, parabens pelo passeio, deve ser muito legal. Melhor se fosse numa F.

abçs
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Mensagem por SERGIOCID Qui 25 Jun 2015, 09:33

muito show, parabens
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Mensagem por DJWOW Qui 25 Jun 2015, 10:27

Fiquei impressionado. Parabéns pela aventura. Muito bom... vc é um camarada de gosto pela vida... felicidades..
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Mensagem por duduguterres Qui 25 Jun 2015, 10:40

Parabéns pelo passeio, teve um amigo que foi para o Peru de Srad, ano que vem pretendo ir para o Ushuaia.
Abraço
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Mensagem por Rinoceross Qui 25 Jun 2015, 10:59

Parabéns pela viagem, esta experiência não tem preço.
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Mensagem por Vilas Boas Qui 25 Jun 2015, 11:58

Isso não tem preço. Só um detalhe, Wla n coloca mais a toca de machhupichhu VC fica c cara de louco.

Parabéns,
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Mensagem por ww0397 Qui 25 Jun 2015, 12:28

Muito legal .
Admiro teu espirito aventureiro e coragem .
Passou por Londrina - Ourinhos ?
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 12:51

abb escreveu:Opa, parabens pelo passeio, deve ser muito legal. Melhor se fosse numa F.

abçs

Valeu meu irmão... inicialmente ia de Hayabusa, uma F tbm seria uma boa, mas a decisão de ir numa trail/big-trail se mostrou acertada, entre Porto Velho e Rio Branco bati numa cratera, se fosse numa esportiva com certeza tinha quebrado a roda de liga, estourado o pneu e um tombo seria quase certo, fora isso uma relação zerada desgastou prematuramente, se fosse uma relação de F ou Hayabusa estaria ferrado, e nesse roteiro passei tbm por estradas de terra, rípio, areião e rodei no deserto de sal, sem chances para uma moto esportiva nessas condições.

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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 12:52

SERGIOCID escreveu:muito show, parabens

Valeu meu irmão...
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 12:52

DJWOW escreveu:Fiquei impressionado.  Parabéns pela aventura.  Muito bom...  vc é um camarada de gosto pela vida...  felicidades..

Valeu JDR.. tamu junto meu irmão...
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 12:57

duduguterres escreveu:Parabéns pelo passeio, teve um amigo que foi para o Peru de Srad, ano que vem pretendo ir para o Ushuaia.
Abraço

Valeu cara... Ushuaia tá na minha lista pra 2016 rs

Cara ir de esportiva até que vai, mas vc fica limitado a determinadas estradas e tem a questão tbm da autonomia e desgaste de pneus, rodei 10.502kms com minha Sahara, e ela sofreu bastante nessas estradas de rípio, terra, deserto de sal... não iria a vários lugares se tivesse ido de Hayabusa. Mas penso que é possível você ter um roteiro que contemple somente boas estradas por locais com estrutura melhor (postos, etc). Em 2013 sai de BH e fui até Buenos Aires numa Hayabusa, so estrada boa... foi top... agora essa viagem aqui, se tivesse ido de Hayabusa ela estaria destruída agora.

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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 13:00

Vilas Boas escreveu:Isso não tem preço. Só um detalhe, Wla n coloca mais a toca de machhupichhu VC fica c cara de louco.

Parabéns,

hahaha valeu Vilas... na verdade já sou louco mesmo sem a touca...

As vezes na estrada Vilas, acontecia algum lance e eu logo pensava nisso e dizia so um louco mesmo pra estar aqui nessa estrada...

Teve uma passagem a noite, no meio da floresta amazonica, debaixo de chuva... tive que parar pra colocar a capa de chuva, como tava no baú tive que desligar a moto, era de noite e tava uma escuridão total, a chuva tava forte e tinha floresta dos 2 lados, eu pensei podia tá em casa vendo Faustao, sou doido mesmo, mas dps pensei melhor e achei que louco é quem tava em casa naquela hora vendo faustao, melhor estar de moto na estrada kkk
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 13:01

Rinoceross escreveu: Parabéns pela viagem, esta experiência não tem preço.

Opa valeu meu irmão... o problema de fazer uma viagem dessas é que vc volta e fica já pensando que pode ir mais longe rs...
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 13:02

ww0397 escreveu:Muito legal .
Admiro teu espirito aventureiro e coragem .
Passou por Londrina - Ourinhos ?

Cara valeu... passei la sim... bem caro os pedágios por ali... peguei muita chuva do norte da Argentina, Paraguai, até ali no Paraná, e depois um pouco de chuva até o interior de SP, a chuva so parou mesmo quando entrei em Minas.
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Mensagem por Viper-SP Qui 25 Jun 2015, 13:42

Puts sem palavras sensacional fora que você tem moto no sangue mesmo não é ostentação não é qualquer um que tem uma Haya na garagem e vai viajar de Sahara e tem noção de que a Sahara foi feita para este tipo de role....
Parabéns cara muito show mesmo
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 14:36

Viper-SP escreveu:Puts sem palavras sensacional fora que você tem moto no sangue mesmo não é ostentação não é qualquer um que tem uma Haya na garagem e vai viajar de Sahara e tem noção de que a Sahara foi feita para este tipo de role....
Parabéns cara muito show mesmo

Valeu meu irmão...

E Viper vou te falar um lance... que é de se pensar... tenho curtido e usado mais a Sahara que a Hayabusa... não é nenhum tipo de desfeita... Hayabusa é a máquina dos sonhos! Uma maquina idolatrada no mundo inteiro... Já viajei muito com a minha... muitos rolés curtindo o foguete, e pilotar uma Hayabusa numa estrada que permita acelerar é uma emoção indescritível, mas ultimamente o cerco nas rodovias aos Jaspions, os radares pra todos os lados, o roubo de motos grandes... minha hayabusa é um brinquedo (caro) que fica mais exposto na minha garagem. A Sahara é usada no dia-a-dia, e também foi usada pra essa voltinha pela América do Sul rs

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Mensagem por felipera Qui 25 Jun 2015, 16:48

Muito legal reler toda a sua aventura , vim acompanhando ela pelo facebook. Não vejo a hora de poder fazer uma assim, mas n sei se teria coragem de fazer sozinho... é muito loucura.

parabéns pela trip.
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Mensagem por Carlos Mello Qui 25 Jun 2015, 17:09

OPA CARO WLA, LE E RELI ESTE SEU RELATO, PROCURANDO VIVENCIAR JUNTO COM VC TODAS EMOÇÕES POR VC SENTIDA, É SIMPLISMENTE MARARAVILHOSO, VC ESTA DE PARABENS.
FIQUEI PENSANDO QUE ESTE ANO SERIA A MINHA AVENTURA TB FAZENDO A AMERICA LATINA, ME PLANEJANDO A ALGUNS ANOS, MAIS INFELIZMENTE POR PROBLEMA DE SAUDE NA FAMILIA ME FIZERAM ADIAR.
MAIS COM TODA CERTEZA O SEU DEPOIMENTO SERÁ DE GRANDE ORIENTAÇÃO.
CARA SEM PALAVRAS, SÓ QUEM GOSTA E JÁ FEZ ALGO ASSIM SABE O QUE SIGNIFICA E O QUANTO VALE PRA GENTE.
SÓ POSSO DESEJAR NOVAMENTE MEUS PARABENS MEU AMIGO.
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 18:28

felipera escreveu:Muito legal reler toda a sua aventura , vim acompanhando ela pelo facebook. Não vejo a hora de poder fazer uma assim, mas n sei se teria coragem de fazer sozinho... é muito loucura.

parabéns pela trip.

Opa valeu Felipe... a dica é o planejamento... desde os locais que vc quer ir conhecer até a grana prá viajar, depois de um planejamento bem feito vem a parte mais fácil rs... é só pilotar e seguir o roteiro.

Quanto a ir sozinho, é difícil numa aventura dessas arranjar um parceiro, pois tem q ser no mesmo período, com os mesmos objetivos de viagem, e além disso tem todo aquele esquema da mesma tocada, e muitas vezes um 'amigo' que anda com vc nos rolés pode se revelar um péssimo parceiro de viagem. Ir sozinho tem algumas vantagens, você dita o ritmo da viagem, faz o 'seu' roteiro dentro do seu ritmo.

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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 18:31

Carlos Mello escreveu:OPA CARO WLA, LE E RELI ESTE SEU RELATO, PROCURANDO VIVENCIAR JUNTO COM VC TODAS EMOÇÕES POR VC SENTIDA, É SIMPLISMENTE MARARAVILHOSO, VC ESTA DE PARABENS.
FIQUEI PENSANDO QUE ESTE ANO SERIA A MINHA AVENTURA TB FAZENDO A AMERICA LATINA, ME PLANEJANDO A ALGUNS ANOS, MAIS INFELIZMENTE POR PROBLEMA DE SAUDE NA FAMILIA ME FIZERAM ADIAR.
MAIS COM TODA CERTEZA O SEU DEPOIMENTO SERÁ DE GRANDE ORIENTAÇÃO.
CARA SEM PALAVRAS, SÓ QUEM GOSTA E JÁ FEZ ALGO ASSIM SABE O QUE SIGNIFICA E O QUANTO VALE PRA GENTE.
SÓ POSSO DESEJAR NOVAMENTE MEUS PARABENS MEU AMIGO.

Valeu Carlão

Tudo na vida tem o momento certo pra acontecer... quando estiver na hora vc vai conseguir realizar esse sonho de uma viagem pela América do Sul... e te falo que todo esforço pra fazer uma viagem dessas é compensado... são histórias pra vida toda... é mais que uma viagem ou aventura... e tem um mundão ai fora pra gente conhecer, e conhecer de moto é muito melhor cara.

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Mensagem por Vilas Boas Qui 25 Jun 2015, 19:57

Realmente tem momentos que passamos por apertos na estrada que o medo nos faz a pergunta pq VC esta aqui, passamos isso na primeira ida a nova viçosa, esperando o Genildao, ficou a noite, e não tinha placa e nem sinal de celular, eu e Pingao perguntamos p Genildao, VC sabe o caminho, quando ele falou q não sabia eu quase mori de medo.
Isso é o problema da moto estamos sempre desprotegidos, vulneráveis, VC parando p por capa de chuva no meio do mato, loucura. Eu ia molhando mesmo que se foda, só paro no posto Ipiranga,rsrs.
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Mensagem por wla Qui 25 Jun 2015, 20:53

Vilas Boas escreveu:Realmente tem momentos que passamos por apertos na estrada que o medo nos faz a pergunta pq VC esta aqui, passamos isso na primeira ida a nova viçosa, esperando o Genildao, ficou a noite, e não tinha placa e nem sinal de celular, eu e Pingao perguntamos p Genildao, VC sabe o caminho, quando ele falou q não sabia eu quase mori de medo.
Isso é o problema da moto estamos sempre desprotegidos, vulneráveis, VC parando p por capa de chuva no meio do mato, loucura. Eu ia molhando mesmo que se foda, só paro no posto Ipiranga,rsrs.

Cara tinha posto Ipiranga perto nao rs... eu tava em algum lugar entre Rondônia e o Acre... acho q o que tinha era onça, jacaré, sucuri etc kkk

Nova Viçosa sempre traz boas lembranças e muitos causos, me lembro dessa chegada a noite, eu Boca e Mucuri chegamos antes mas foi pior pq a preocupação com vcs que não chegavam não nos deixava relaxar la.... quando vc, pingão e genildão chegaram foi um alívio cara.

Cara la no deserto de Sal, rodei uns 50~60kms pra dentro do deserto... a paisagem não mudava, em qualquer direção que eu olhava o que via era uma imensidão branca a perder de vista, o salar ocupa uma área de 10.500kms quadrados, comecei a me preocupar tipo da moto parar por algum motivo e eu ficar ali parado esperando alguma alma viva passar, o que poderia não acontecer, a temperatura varia muito e a noite é abaixo de zero, morreria congelado lá fácil... mas graças a Deus, fui e voltei com tranquilidade rs.
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Mensagem por Paulo R. Andreolli Qui 25 Jun 2015, 22:15

Wlad, você fez o que muitos já fizeram e muitos outros ainda não fizeram por inúmeros motivos, parabéns por proporcionar a todos aqui estas lindas imagens e relatos muito bem detalhados.
como você diz:pensamento "pq estou me enfiando nessa loucura, pq deixar a zona de conforto, a família, os amigos, o meu amor..."
Respondemos: por amar este mundo magico das duas rodas, onde o limite é a vontade de andar, andar e andar até quando nosso bom Deus permitir!
Muito obrigado por compartilhar está magnifica aventura!
Paulo R. Andreolli
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